O Castelo lá
estava. Parecia mais perto hoje. Apetecia-me abraçá-lo, dizer-lhe como ele
sempre estivera ligado à minha vida. Quando vim para cá morar apercebi-me
de que ele se escondia de mim mais frequentemente do que desejava. Resolvi
então pegar num bloco de papel que tinha inscrito o calendário anual para
assinalar os dias em que a neblina me roubava a minha vista preferida. Assim
procedi durante mais de um ano, até que os registos começaram a ser mais
espaçados e por fim desapareceram, como tudo na vida…
Não me
arrependo dessa cumplicidade. Nestes momentos em que precisava mais de ti, não
me desiludiste. Imponente, metafórico quase, esforças-te num grande beijo às
mães de Portugal, que são as tuas ameias. Obrigado pela saudade…
24 março 2020
24 março 2020
arlindo mota
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