Que viver é
este em que nos deixámos enredar, em que o tempo não se guia pelo sentido dos
ponteiros do relógio, nem pelo ancestral nascer ao pôr do sol, em que a sua
dimensão primordial de viver com foi sequestrada, que nos resta senão tentar
sobreviver?
Ligamo-nos
virtualmente, lembramo-nos até dos familiares e amigos que habitualmente ocupam
a segunda residência das nossas preocupações, mas quem disser que isto é viver,
mente. Uma moratória, seja. Assim acorrentados, como podemos verdadeiramente
dar-nos conta de quem somos, se não temos o espelho do outro para nos
confrontar?
28 Março de 2020
arlindo mota
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