terça-feira, 24 de março de 2020

QUANDO O VENTO SOPRA...


O Castelo lá estava. Parecia mais perto hoje. Apetecia-me abraçá-lo, dizer-lhe como ele sempre estivera ligado à minha vida. Quando vim para cá morar apercebi-me de que ele se escondia de mim mais frequentemente do que desejava. Resolvi então pegar num bloco de papel que tinha inscrito o calendário anual para assinalar os dias em que a neblina me roubava a minha vista preferida. Assim procedi durante mais de um ano, até que os registos começaram a ser mais espaçados e por fim desapareceram, como tudo na vida…
Não me arrependo dessa cumplicidade. Nestes momentos em que precisava mais de ti, não me desiludiste. Imponente, metafórico quase, esforças-te num grande beijo às mães de Portugal, que são as tuas ameias. Obrigado pela saudade…
24 março 2020
arlindo mota

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